Blog do Mario Magalhaes

Deixar Hernane partir equivale a pensar com cabeça de time pequeno

Mário Magalhães

blog - hernane emelec

''Fica, Hernane!'', gritou a torcida rubro-negra – AFP PHOTO / CHRISTOPHE SIMON

 

( O blog está no Facebook e no Twitter )

Os 3 a 1 que o Flamengo aplicou ontem no Emelec são reais e valiosos, mas sugerem enganos.

O placar é enganoso porque o time da casa poderia ter feito mais gols no Maracanã, se não desperdiçasse contra-ataques no segundo tempo.

E também porque sugere um desempenho virtuoso em todo o jogo, quando só depois do intervalo a equipe engrenou, embora já vencesse desde os 10 min.

O rubro-negro mudou com a troca de Lucas Mugni, um sub-sub Ganso, muito lento, por Gabriel, acelerado.

Afora o placar, a melhor novidade da noite foi, enfim, uma atuação de Éverton como se esperava. O filho que à casa torna sofreu a falta que Elano converteu, no primeiro gol, fez o dele, acertou bola na trave, combateu.

Outra boa notícia foi a presença de Hernane, que também marcou.

A informação ruim é que continuam as tratativas para cedê-lo a um timeco da China.

Se a diretoria do Flamengo topar a transferência, pensará com cabeça de time pequeno.

Dos cerca de R$ 11 milhões pelos direitos do Brocador, o clube da Gávea e do Ninho do Urubu ficaria só com uma parte. E perderia o seu goleador.

Não preciso ensinar aos cartolas que a evolução, fase a fase na Libertadores, e as possíveis conquistas de títulos valem bônus e prêmios, tanto dos organizadores das competições, como dos patrocinadores da equipe. Esse dinheiro, sem contar as rendas, compensaria largamente o troco a ser embolsado com a partida de Hernane.

Abrir mão de um titular absoluto, em plena Libertadores, seria mesmo pensar como o Bonsucesso.

Mentira: numa situação dessas, o Bonsussa  não cometeria tal burrada; teria mais ambições.

''Fica, Hernane!'', ecoa até agora o grito dos torcedores no Maracanã.

Atualização: Hernane ficará. Tomara que a diretoria pense bem antes de alimentar outra ideia tresloucada como a transferência que acabou não rolando.