Blog do Mario Magalhaes

Biblioteca JFK divulga tesouro documental que Hemingway armazenou em Cuba

Mário Magalhães

Ernest Hemingway, autor de ''O velho e o mar''

 

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'''Não há nenhuma razão para que um hambúrguer na sertã fique cinzento, gorduroso, fino como uma folha de papel e sem sabor. Podemos acrescentar todo o tipo de gulodices e sabores à carne picada – cogumelos cortados, molho cocktail, alho e cebola aos quadradinhos, amêndoas moídas, uma grande colher de Picalilli, ou o que quer que chame a nossa atenção. O ‘Papa’ prefere esta combinação.' Começa assim – e a isto segue-se uma lista de ingredientes que inclui duas colheres de sopa de alcaparras, outra de salva picada e um terço de chávena de vinho branco ou tinto – um dos documentos do espólio de Ernest Hemingway (“Papa”, para os que lhe foram verdadeiramente chegados) que a Biblioteca e Museu Presidencial John F. Kennedy, em Boston, pôs no início desta semana à disposição dos investigadores.''

Essa é a abertura da reportagem que Inês Nadais publicou domingo no jornal português ''Público'', ''Tudo o que sempre quisemos saber sobre Hemingway e nunca tivemos coragem de perguntar'' (leia a íntegra clicando aqui).

A novidade é que 2.500 documentos e objetos do Prêmio Nobel de Literatura e autor do romance ''O velho e o mar'' _que eu estou relendo, por exigência do meu próximo livro_ estão à espera de pesquisadores na Biblioteca JFK.

São preciosidades que contam a história do gênio que viveu de 1899 a 1961, quando se matou. O acervo foi acumulado por Hemingway nas décadas em que morou numa casa, a Finca Vigía, nas cercanias de Havana.

Uma curiosidade do espólio: ao ser anunciado como Nobel pela Academia Sueca, Hemingway recebeu um telegrama da atriz sueca Ingrid Bergman:

''Afinal os suecos não são assim tão estúpidos''.

Além de assombrosamente linda, a moça tinha humor.