Duas vergonhas: Vasco garfado e ‘clássico dos milhões’ com 13 mil pagantes
Mário Magalhães
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Duas ou três coisas que eu sei de Vasco 1 x 2 Flamengo, jogo de ontem no Maracanã:
* O prejuízo, gravíssimo e decisivo para o Vasco, ao não ter validado um gol em que a bola entrou, não foi limitado à garfada na falta cobrada por Douglas. Como o time abriu o placar mais tarde, teria feito 2 a 0, desenhando uma partida muito diferente, com o Flamengo tendo de se arriscar mais, em busca da virada. Sem contar que a mão grande escandalosa como a de ontem faz qualquer time perder a cabeça.
* Até certos cronistas, daqueles para quem erro de arbitragem não influi em resultado, advogam a introdução do controle eletrônico para checar se a bola ultrapassou a linha do gol. O problema é que, congelada no tempo, a Fifa não muda.
* O árbitro Eduardo Cordeiro Guimarães e o auxiliar de linha Rodrigo Castanheira deveriam, se resta um mínimo de sensatez à Ferj, pegar um gancho longevo. Depois de trucidar o Vasco, o assoprador compensou no segundo tempo, quando Guiñazu deveria ter sido expulso (diretamente ou com o segundo cartão amarelo), ao imprimir suas travas no joelho de Hernane.
* Preços surreais, para campeonatos mixurucas como o nosso estadual aqui no Rio, desmoralizam o confronto que se consagrou como ''clássico dos milhões'', por reunir as duas maiores torcidas da cidade. Apenas 13.245 pessoas pagaram ingresso, e a renda não alcançou nem um milhãozinho.
* Se o Douglas se dispuser a jogar e sobretudo suar como ontem, o Vasco terá feito uma ótima contratação. Bela estreia!
* Já o Evérton não vai continuar muito tempo como titular no Flamengo, se não melhorar.
* Em duas jogadas, o Felipe espalmou a bola para a frente, correndo o risco de entregá-la a um adversário, e não para o lado. É uma deficiência antiga, que merece mais treinamento para erradicá-la.
* Na quarta-feira, o Flamengo havia sido garfado no México, contra o León. O que não justifica a vergonha de ontem.