Bis: véspera de eleição, tempo de plantação (ou, em se plantando, tudo dá)
Mário Magalhães
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Assombrado com a profusão de barrigas (notícias sem fundamento, no jargão jornalístico), tubos de ensaio, chantagens, mentiras, intrigas, recados _tudo travestido como informação e opinião no jornalismo político, reproduzo um post veiculado no blog em julho de 2013.
A acrescentar, um comentário: é incrível que um manjado político fluminense, tido por muitos jornalistas como trambiqueiro, personagem assíduo da coluna do Jorge Bastos Moreno, seja fonte constante e oculta de muitos repórteres e comentaristas. Os colegas embarcam na plantação de ''notícias'' sem lastro na realidade e cujo único objetivo é pressionar adversários ou mesmo aliados.
Abaixo, o post original.
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Um jornalista talentoso foi designado titular da principal coluna de notas políticas de uma publicação. Cordial, o presidente da República recebeu-o no Planalto para um bate-papo e o cumprimentou: “Parabéns por assumir a pasta da Agricultura''.
O novo colunista sorriu e indagou: “Como assim?''
Citando Pero Vaz de Caminha, o presidente cortou a bola que ele mesmo levantara: “Em coluna política, em se plantando, tudo dá''.
Ele queria dizer que, para ajudar amigos e prejudicar inimigos, não falta quem alimente intrigas e minta, falando reservadamente com jornalistas.
É provável que o presidente apenas tenha preferido não perder a piada, mesmo sem ganhar um novo amigo. Existem colunistas que identificam armadilhas, checam versões e publicam escrupulosamente as notícias que têm lastro nos fatos.
Mas no fim de semana lembrei o episódio que me foi narrado pelo então colunista neófito. À medida que se aproximam as eleições de 2014, surgem cada vez mais informações com cara de que foram plantadas e de que não passam de cascata.