Vassili Zaitsev, o franco-atirador que matava nazistas, conta sua história
Mário Magalhães
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O russo Vassili Zaitsev (1915-1991) não tinha a lata, longe disso, do galã britânico Jude Law, que o interpretou no filme ''Círculo de Fogo''.
É provável que o seu duelo com um inimigo alemão não tenha existido, ao menos como narrado no cinema e alguns livros.
Na Batalha de Stalingrado, ele não foi o franco-atirador mais profícuo nas trincheiras soviéticas.
Mesmo assim, sua história é grandiosa. Tão grandiosa que, na Rússia, o ''sniper'' sobreviveu como herói à desintegração da URSS.
Vassili matava nazistas, quatro ou cinco por dia, de acordo com ele.
O confronto em Stalingrado, cidade depois rebatizada como Volvogrado, mudou o rumo da guerra. Até Paulo Francis, que não simpatizava com os soviéticos, reconhecia: foram eles, no frigir das bombas, que decidiram o conflito.
Para quem não sabe: somados, morreram perto de 800 mil norte-americanos e britânicos na carnificina que se estendeu de 1939 a 45. Soviéticos, em cifra jamais sacramentada, pereceram em torno de 27 milhões.
As façanhas de Vassili Zaitsev voltaram a ser comentadas na Espanha, por ocasião do lançamento de suas memórias. O ''El País'' publicou reportagem também no seu site em português.
Na infância, Vassili caçava lobos com seu pai. Adulto, com um fuzil de mira telescópica, alvejava alemães. Liquidou quase 250 deles.
Mais histórias sobre o célebre franco-atirador estão no ''El País'' (leia aqui).