Eleições de craques divergem sobre Messi. E daí? Ele é disparado o melhor
Mário Magalhães
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E a ''Gazzetta dello Sport'', quem diria, deixou o Messi fora da seleção do ano (reportagem aqui). A grande sandice do diário italiano não foi excluir o argentino, que padeceu e padece de contusões musculares recorrentes, mas ignorar o Neymar, brilhante na Copa das Confederações e um sucesso em sua arrancada no Barça. Os caras ainda se dizem especialistas em futebol.
Já o ''Guardian'', publicação (cada vez mais) digital e (menos) impressa inglesa, elegeu o Messi o melhor do ano, numa relação de dez craques. O Neymar ficou em sexto (aqui). Curioso: o jornal reverencia a recusa do Messi em se exibir feito pavão, mas classifica o sueco Ibrahimovic, contumaz praticante de pavonadas, em terceiro, à frente do francês Ribéry, que comeu a bola na Champions.
Na eleição da Fifa, eu votaria no Ribéry, e não no Messi ou no, por falar em pavonear, Cristiano Ronaldo.
Não que o Ribéry seja melhor que o português. A distância é maior ainda em relação ao rosarino. Mas o atacante mal-encarado foi decisivo para o Bayern no ano que se encerra, embora não tenha o futebol do, por exemplo, Neymar.
A despeito das contusões que castigam o Messi desde a Champions passada, ele continua sendo disparado o melhor jogador do mundo. O problema é que, como testemunhou seu companheiro Piqué, o gênio perdeu a confiança, devido aos músculos cansados. E o Messi precisa estar muito bem fisicamente, como quase sempre esteve, para render como pode, sobretudo esbanjando vigor nas arrancadas.
O Neymar pode e deve chegar um dia à condição de número 1 do planeta. O tempo para essa consagração dependerá da retomada _ou não_ da capacidade de o Messi jogar em altíssimo nível.
O Cristiano Ronaldo é um dos gigantes da nossa época. Porém, no balanço sincero da história, não dá para ele encarar o Messi, um dos melhores de todos os tempos.
Para o bem do futebol, tomara que o Messi volte bem e que chegue no auge para a Copa. Se ele vier, minha segunda torcida será para a Argentina, depois, é claro, do Brasil.