Breve crônica da bandalheira no esquema de táxis do Santos Dumont
Mário Magalhães
( O blog agora está no Facebook e no Twitter )
Mais de 11 horas da manhã, antes das 11 e meia, isto é, agora há pouco.
A fila dos táxis comuns do aeroporto Santos Dumont é comandada por personagens que parecem se submeter a teste de filme pastelão _uma tremenda bagunça.
Ao chegar a minha vez de embarcar, um dos organizadores da fila toma 2 reais do taxista em cujo carro eu entro. O táxi não é do ponto, cujos automóveis estão todos fora. Para dar conta dos passageiros, permitem motoristas forasteiros, mas lhes cobram um trocado.
A cerca de cinco metros, um guarda municipal assiste à cena, já habitual.
O trabalhador, motorista de táxi, tem de pagar um dinheirinho extorsivo a um esquema que opera concessão pública _que eu saiba, o ponto do Santos Dumont não é propriedade privada da dita cooperativa lá instalada.
Mais cedo, naquela mesma fila, uma senhora respondeu à pergunta sobre seu destino: Niterói. Informaram-lhe que a corrida de táxi comum custaria 120 reais, mais o pedágio de 4,90.
A mulher se assustou e, como tantos recém-chegados, pegou um táxi parado em outra pista. No seu destino, o taxímetro cravou 62 reais.
Outro dia o ministro Moreira Franco (Aviação Civil) e o secretário municipal Carlos Roberto Osório (Transportes) anunciaram com pompa e circunstância que organizariam e moralizariam o sistema de táxis do Santos Dumont.
Palavras, nada mais.