Blog do Mario Magalhaes

Candidato de Cabral amarga sétimo lugar no novo Ibope para governador do RJ

Mário Magalhães

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O retrato é confuso, em um cenário de candidaturas incertas, mas o novo levantamento do Ibope sobre intenção de voto para governador do Rio de Janeiro expõe um quadro desolador para Sérgio Cabral: seu indicado à sucessão, o atual vice Luiz Fernando Pezão, patina em 4%, no humilhante sétimo lugar. A pesquisa foi revelada hoje em reportagem de Juliana Castro (leia aqui).

Em um leque amplo de candidatos, eis o resultado:

Marcelo Crivella (PRB): 15,5%

Anthony Garotinho (PR): 12,5%

Lindbergh Farias (PT) 11,4%

Jandira Feghalli (PC do B): 5,8%

Cesar Maia (DEM): 5,4%

Bernardinho do Vôlei (PSDB): 4,4%

Luiz Fernando Pezão (PMDB): 4%

Miro Teixeira (PROS): 2,1%

Sandro Matos (PDT): 0,8%

Branco/nulo: 26,8%

Não sabe/Não respondeu: 10,2%

Margem de erro: 3 pontos percentuais para mais ou para menos

Data do campo: 13 a 17 de novembro de 2013

Número de entrevistas: 1.008

Fonte: “O Globo”

Boa parte desses nomes não deve chegar ao ano que vem como postulante ao Palácio Guanabara, como é o caso de Jandira. Definidas mesmo, a menos de um ano da eleição, parecem as candidaturas de Lindbergh e Pezão.

A corrida fotografada pelo Ibope demonstra que nenhum candidato disparou, a despeito de imensos esforços na propaganda gratuita da TV, como o de Lindbergh. A disputa fica ainda mais embolada a considerar a margem de erro de três pontos percentuais.

Estatisticamente, é possível que Pezão esteja mais acima ou abaixo, o que não altera o vexame de, a essa altura do campeonato, amargar miseráveis 4%. O Ibope constatou que 57,6% dos eleitores desaprovam o governo Cabral. Os reveses de junho contagiaram o prefeito Eduardo Paes, também do PMDB _56,7% dos entrevistados da cidade do Rio desaprovaram sua administração.

No alto da tabela, configura-se empate técnico entre o ministro Crivella (15,5%), o deputado e ex-governador Garotinho (12,5%) e o senador Lindbergh. A grande mudança ocorre quando Garotinho não aparece na pesquisa estimulada: finda-se o empate, com Crivella pulando para 27%, seguido por Lindbergh, dez pontos atrás. Ou seja, o político egresso da Igreja Universal provavelmente se beneficia de votos evangélicos e de segmentos mais populares pró-Garotinho. Hoje, Crivella ganharia de qualquer um no segundo turno.

Mais um destaque do Ibope: os quatro primeiros colocados (ignorando-se a margem de erro) pertencem a partidos da base da presidente Dilma Rousseff.

Outro: mais de um em cada quatro eleitores “votou” branco ou nulo, além dos 10,2% que não sabem em quem votar ou não responderam. O jogo está só começando.