Afasta de mim esse cale-se (6): Djavan ‘beira primarismo’, diz João Máximo
Mário Magalhães
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Na coluna do Ancelmo Gois, o biógrafo João Máximo comentou as declarações de Djavan (aqui).
João é co-autor de um livro maior, a biografia de Noel Rosa.
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Lei Roberto Carlos
O coleguinha João Máximo, autor, junto com Carlos Didier, do mais completo trabalho já feito sobre a vida de Noel Rosa, enfrentou problemas com a família do grande compositor da Vila. Ele comenta aqui o artigo de Djavan, do grupo “Procure saber”, em defesa da legislação que impede biografias não autorizadas.
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“Compreende-se que Roberto Carlos impeça que livros sobre ele ou a Jovem Guarda sejam publicados. Mas que um artista com a inteligência e a sensibilidade de Djavan engrosse o coro dos defensores das ‘biografias autorizadas’ é, no mínimo, decepcionante. Mais que isso, beira o primarismo alegar que ‘nós não somos um país desenvolvido’ para rebater o argumento de que o Brasil é a única democracia do mundo onde se condiciona o biógrafo à vontade do biografado. Compreende-se, também, que a maioria de nossos deputados e senadores não queira mudar as regras do jogo. Quem deve, teme. Mas que um querido artista, como esta coluna referiu-se a Djavan, diga que biógrafos e editores ganham fortunas enquanto aos biografados restam o sofrimento e a indignação, é insidioso. É só comparar a conta bancária de Roberto Carlos (que Deus a conserve…) com o que Paulo César Araújo e sua editora perderam ao contar-lhe vida e obra. Fiquemos assim: processe-se o biógrafo que injurie, calunie, difame ou fira a verdade em qualquer medida; mas respeite-se o que, ao biografar seriamente um homem público brasileiro, contribua de alguma forma para contar um pouco da História do Brasil.”