‘Eleitor alemão tira FDP do parlamento’, por Fernando Molica
Mário Magalhães
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Fernando Molica, hoje em “O Dia”.
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A notícia, surpreendente, vem da Alemanha. Não haverá FDP no Parlamento de lá. O partido de sigla autoexplicativa — Freie Demokratische Partei (Partido Democrático Liberal) — não conseguiu 5% dos votos e encalhou na cláusula de barreira. É possível prever um aumento na visitação do Reichstag, o Parlamento. Os guias dirão para turistas incrédulos: “Aqui não há FDP!”
Com a mudança, a chanceler federal, Angela Merkel, não poderá mais contar com o apoio do FDP para impor sua austeridade econômica a gregos, portugueses, espanhóis e irlandeses, que tanto dependem da Alemanha. Dizem os analistas que, sem a dócil parceria — o FDP era muito útil ao governo — , ela será obrigada a construir uma aliança à esquerda, o que tende a diminuir a pressão sobre os vizinhos. A população desses países comemora, era difícil suportar os resultados da união entre os políticos agora derrotados e a rígida chanceler.
A triste sina de um partido que, ao contrário dos nossos, não esconde seus princípios, serve de alerta para políticos e eleitores. O FDP foi conduzido ao Reichstag pelo voto. Desta vez, perdeu seus representantes também pela vontade soberana dos cidadãos. Nas democracias, partidos e políticos só chegam ao poder se embalados pelo desejo da população.
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