Jornais: cinco PMs devem ser indiciados por tortura e morte de Amarildo; jovem diz que policial pagou por falso testemunho
Mário Magalhães
( O blog agora está no Facebook e no Twitter )
Dia de muitas novidades na investigação sobre o desaparecimento do pedreiro Amarildo de Souza, sumido desde o dia 14 de julho.
Na “Folha de S. Paulo”, os repórteres Diana Brito e Marco Antônio Martins informam que cinco policiais militares devem ser indiciados sob suspeita de tortura, morte e ocultação do cadáver de Amarildo. Inclusive o major Edson Santos, ex-comandante da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da favela da Rocinha.
O indiciamento formaliza a condição de suspeito. Trata-se de atribuição da Polícia Civil, que conduz o inquérito.
Na última vez em que foi visto, Amarildo estava sob custódia do Estado, levado para a UPP em um veículo da PM.
Em “O Globo”, a repórter Elenilce Bottari conta que um jovem de 16 anos afirmou ter recebido dinheiro de policiais para atribuir o desaparecimento de Amarildo a traficantes de drogas, além vincular o pedreiro a uma quadrilha criminosa.
Eis a abertura da reportagem da “Folha”:
“O ex-comandante da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) da Rocinha, major Edson Santos, e quatro policiais da unidade devem ser indiciados sob acusação de tortura seguida de morte e ocultação de cadáver do ajudante de pedreiro Amarildo Souza, 43”.
“Ontem o delegado responsável pelo inquérito, Rivaldo Barbosa, da Divisão de Homicídios, e promotores do Ministério Público que acompanham o caso passaram a tarde reunidos discutindo os passos finais do relatório.”
“A tendência é que, além do indiciamento, seja pedida a prisão preventiva dos cinco policiais militares suspeitos de envolvimento com o desaparecimento do pedreiro.”
“Ouvido pela ‘Folha’ no fim de semana, o major Edson Santos disse que as acusações sobre seu envolvimento com o sumiço de Amarildo ‘não são verdadeiras’.”
A íntegra pode ser lida clicando aqui.
O início da matéria de “O Globo”:
“O adolescente que disse ter sido pressionado pelo major Edson Santos, ex-comandante da UPP da Rocinha, para acusar um traficante pelo desaparecimento do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza afirma ainda que recebeu dinheiro para sustentar essa versão. Com 16 anos, o menor é uma das principais testemunhas do relatório em que o delegado Ruchester Marreiros, ex-adjunto da 15ª DP (Gávea), pede a prisão da mulher do pedreiro, Elizabete Gomes da Silva, por envolvimento com o tráfico. O relatório faz parte de um processo que está na Justiça. Amarildo sumiu no dia 14 de julho, após ser levado por PMs para a UPP da favela”.
A íntegra está aqui.