Quando o Hyuri vai deixar o Botafogo?
Mário Magalhães
( Para seguir o blog no Twitter: mariomagalhaes_ )
No café da manhã de hoje, o menino de seis anos comenta o gol do Hyuri, de 21, nos 3 a 1 do Botafogo sobre o Coritiba. “Foi pra frente, foi pro lado, foi pra trás”.
Durante o jogo, eu observava os craques Seedorf e Alex sentindo o esforço da temporada, aparentando dificuldades para acompanhar o ritmo. O menino reparava que a chuteira do holandês, preta com listras brancas, Adidas estilo clássico, é quase igual à dele.
Quando o Hyuri penetrou e, já na área, deu pinta de que se enredaria com a bola, e enredou os oponentes, pensei em futsal. O menino disse que tudo bem que o Hyuri não é do Flamengo, era um golaço do mesmo jeito.
Uma irmã se espantou com a grafia do nome, e o menino, que não tinha notado o registro original, informou que “é com ípsilon”. É mesmo, só que depois do agá.
Matutei, mas calei, para não estragar a noite cara aos velhos e novos amantes do futebol: quanto tempo esse garoto ficará no Botafogo antes de pegar um voo para o Leste Europeu ou, eis um must do léxico futebolístico, “Mundo Árabe”?
Sem querer estragar prazeres, o histórico recente do Botafogo deprime.
O Felyppe Gabriel foi para um timeco dos Emirados Árabes.
O Andrezinho se enfurnou na China.
Aí o Vitinho desandou a jogar bem, até se mandar para o CSKA, de Moscou, este sim um clube de prestígio.
Entre outros sonhos, foram atrás de salário em dia.
Como disse o Oswaldo, técnico de responsa, imagina se eles tivessem permanecido no Botafogo. A campanha no Campeonato Brasileiro seria ainda melhor.
O Hyuri chegou emprestado há poucas semanas, vindo do Audax, clube pequeno aqui do Grande Rio.
Ignoro como são divididos seus direitos, entre ele, empresários, Audax e sabe-se lá quem mais.
Torço para que o Hyuri fique muito tempo no alvinegro, porque, se o aperitivo de ontem deu ideia do que o moleque joga, vêm banquetes por aí.