Tarefa de Tiradentes era ‘liderar o levante militar, prender o governador e executá-lo’, conta Ken Maxwell
Mário Magalhães
( Para seguir o blog no Twitter: @mariomagalhaes_ )
Nunca simpatizei com a expressão “bras(z)ilianista”, com “s” ou com “z”, mas ela se consagrou.
O britânico Kenneth Maxwell, professor da Universidade Harvard, é um dos mais brilhantes, concedo, brasilianistas contemporâneos. Autor do clássico “A devassa da devassa”, o historiador sabe demais sobre o movimento que levou Tiradentes à forca.
Ele abrirá no dia 19 de setembro o Festival de História de Diamantina, com a conferência “Tiradentes e a Constituição da Independência dos Estados Unidos da América”. Maxwell deu uma entrevista à repórter Roberta Jansen falando de passado e presente.
Sobre o passado, afirmou: “Tiradentes foi um líder crucial da revolta proposta. Sua tarefa era liderar o levante militar, prender o governador e executá-lo”.
A respeito do presente: “Muito foi alcançado nas duas últimas décadas; isso é verdade e deve ser reconhecido: democratização, aumento das oportunidades para uma parcela crescente da população, a maior participação do Brasil no mundo, a internacionalização dos negócios e da mídia, mais comércio, sucesso nas artes, na cultura e nos esportes, a capacidade de mobilização do povo. Mas o legado da desigualdade permanece como um grande desafio. A despeito das novas tecnologias, das práticas políticas, da administração cotidiana, o país, por vezes, permanece atolado no passado e cativo de velhos padrões”.
A entrevista, para lá de interessante, pode ser lida na íntegra clicando aqui.
Em tempo: farei uma ponta em Diamantina. Ao lado dos colegas Lira Neto e Ricardo Amaral, participarei no dia 20 da mesa “Biografias reveladas: histórias da luta e do front”. A programação do festival está aqui.