Será que convidaram o Amarildo para um chá?
Mário Magalhães
( Para seguir o blog no Twitter: @mariomagalhaes_ )
Constitui o óbvio ululante o fato de advogados advogarem para os seus clientes.
Com toda a legitimidade, o advogado Marcos Espínola advoga para policiais militares que tiveram o Amarildo sob custódia na noite de 14 de julho.
Durante a reconstituição do sumiço do pedreiro, conduzida pela Polícia Civil do domingo à segunda-feira, o doutor Marcos Espínola narrou o que teria ocorrido há um mês e 20 dias, conforme a versão dos PMs.
Numa passagem, afirmou: “Convidaram ele a se deslocar até a sede da UPP”.
As imagens disponíveis não sugerem convite, mas coação.
Não pareceu que Amarildo se “deslocaria” no veículo da PM, e sim que seria “levado”, “carregado”.
Adocicar o vocabulário não torna os fatos menos cruéis.
O vídeo da detenção do Amarildo e a declaração do advogado podem ser vistos aqui.