Primeiro, o Amarildo sumiu da Rocinha. Agora, vai sumindo do noticiário. Daqui a pouco, sumirá da memória
Mário Magalhães
( Para seguir o blog no Twitter: @mariomagalhaes_ )
Lembra o Amarildo? Por quanto tempo lembrará?
Quando escurecer, daqui a pouco aqui no Rio, fará um mês e 14 dias que o Amarildo sumiu na Rocinha. Na última vez em que foi visto, estava sob custódia do Estado, por meio de agentes públicos, policiais militares.
A despeito dos esforços generosos de tanta gente que cobra seu paradeiro, o caso vai desaparecendo do noticiário.
Quanto mais esquecido fica, mais aumentam as chances de dar em nada, embora a regra contemple exceções (às vezes, quando cai o silêncio, melhoram as condições para investigar um mistério).
A única maneira de manter o poder público sob pressão, para não abandonar a apuração, é não esquecendo o que houve.
Quem não esquece cobra.
E quem cobra, entre outras virtudes, tem a de contribuir para que a barbárie não se repita.