Reserva do Barça, Fàbregas seria disparado o melhor jogador do Campeonato Brasileiro
Mário Magalhães
( Para seguir o blog no Twitter: @mariomagalhaes_ )
Que Messi tenha se sobressaído no chocolate de 7 a 0 que o Barça aplicou no Levante não constitui novidade. Talvez só tenha surpreendido um pouco porque havia sentido dores musculares durante a semana. Ficou fora de um amistoso da Argentina. Voltou voando ontem.
Tirando quem não é deste planeta, quem me assombrou mais uma vez foi Francesc Fàbregas, craque a mesma safra de Messi e Piqué, a dos nascidos em 1987.
O cara só não fez gol, porque criou, deu passe para gol, participou de jogada de gol, mostrou-se onipresente. A partir da meia-esquerda, correu o campo todo, azucrinando o pobre time valenciano. Espetacular.
O mais incrível é Cesc ser reserva na equipe de Martino. Ele jogou no lugar de Iniesta. É mais banco do que Neymar, cujo lugar na extrema-esquerda do ataque parece reservado, assim que ele tonificar a saúde e avançar na adaptação. (Neymar tem ainda mais potencial do que Cesc.)
Dizem que o Manchester United ofereceu 45 milhões de euros por Fàbregas, que não teria se interessado. Quer vencer na Catalunha.
Esse reserva de clube seria o melhor jogador do medíocre Campeonato Brasileiro, com larga vantagem. Seedorf e Alex têm se mostrado esplêndidos, mas já sentem fadiga de material. Aos 26 anos, Fàbregas vive o auge.
Acho curioso quem rejeita o Campeonato Espanhol pela assimetria entre as equipes, provocando goleadas como a do domingo. Um jogo “equilibrado”, como Fluminense 1 a 0 contra o Náutico, de tão horrível, conseguiu o feito de me expulsar de frente da TV no sábado. O clássico sem gols entre Flamengo e São Paulo, outro confronto entre semelhantes e com muito “equilíbrio”, deu nos nervos, tamanha a indigência para passar e finalizar.
Disparado, o melhor do fim de semana, do que eu pude assistir, foi o Barça. Não teve para o Bayern de Munique ou o Borussia Dortmund. O Botafogo, com o futebol que tem me encantado, eu não vi.
Acho que o Neymar fez bem em ter permanecido no Brasil até há pouco tempo e mais bem ainda em ter ido embora depois da Copa das Confederações.