Blog do Mario Magalhaes

Gol anulado de Aloisio indica falta de domínio de fundamento: ele cabeceia de olhos fechados

Mário Magalhães

Imagem SP Net

 

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Nem o Aloisio reclamou, reconhecendo que foi correta a anulação do seu gol de braço ontem no 0 a 0 contra o Flamengo, como se lê aqui.

O que mais me chamou a atenção foi o atacante são-paulino cabecear de olhos fechados, deficiência que pode ser corrigida ainda na formação dos atletas e que nunca é tarde para ser superada. A falha contribuiu para a bola bater no seu braço, invalidando a finalização.

Nos anos 1970, o Pelé lançou um livro em que dava dicas para jogar futebol. Até de luvas ele aparecia nas fotos, ensinando macetes de goleiro. No capítulo das cabeçadas, do qual eu ainda lembro hoje, quando não tenho mais o livro nem recordo o seu título, o Rei enfatizava que se deve cabecear de olhos abertos.

A cabeçada é um dos tais fundamentos importantes do futebol.

Nos idos da década de 1990, o Telê ironizava, longe dos microfones, que o Elivélton era o único titular da seleção “aleijado”. O motivo era o bom ponta canhoto ser incapaz de dar um passe com o pé direito, outra limitação oriunda do não domínio de fundamento. Com o comentário, o Telê também fustigava o Parreira, então no comando da seleção. No São Paulo, Elivélton era reserva. No Brasil, titular.

Outro problema tricolor ontem, quando o time merecia a vitória, foi um erro técnico do Jadson na cobrança do pênalti. Pênalti se chuta para fora, na trave, nas mãos do goleiro e até dentro do gol. Os melhores já desperdiçaram. Faz parte.

O grave é a essa altura do campeonato um cobrador não tomar muita distância da bola. Qualquer estatística mostrará que quem fica próximo demais da marca dos 11 metros perde mais do que quem toma distância maior. O Sócrates grudou na bola na Copa de 86. Não foi só por isso que errou o penal, mas contribuiu.

Se o Autuori havia mudado o batedor, imagino que tenha orientado treinamento de cobrança. Se no treino o Jadson também ficou excessivamente perto da marca do pênalti, o técnico errou ao não corrigi-lo. Se não treinou, deveria aproveitar a semana sem jogo para treinar.

Que aproveite e instrua o Aloisio sobre cabeçadas.