Lartigue, um fotógrafo burguês
Mário Magalhães
( Para seguir o blog no Twitter: @mariomagalhaes_ )
É fabulosa a exposição fotográfica de Jacques Henri Lartigue (1894-1986) em cartaz no Instituto Moreira Salles. Pintor menor, o francês eternizou-se na fotografia como um gigante da arte.
Filho da mais endinheirada “bourgeoisie” parisiense, não precisava trabalhar. Ganhou a primeira câmara aos oito anos. Encantado com passatempos e esportes de ricos como ele, retratou corridas de baratinhas e aventuras pioneiras da aviação. Seduzia-o tanto o movimento das máquinas quanto o das pessoas. Não é à toa que a expo se intitula “A vida em movimento”.
Na velha e bela casa da Gávea, sede do IMS no Rio, a mostra tem imagens de Santos Dumont, Picasso e John Kennedy, a turma que Lartigue frequentava na França ou com que cruzava mundo afora. Amador, ele ganhou tardia projeção internacional ao expor em 1963 no Moma, em Nova York, e merecer uma reportagem de dez páginas da revista “Life”, na mesma edição que cobriu o assassinato de JFK.
A grande exposição reúne 255 peças, incluindo fotos (quase todas P&B) e páginas dos diários (com anotações e ilustrações) de Lartigue. Rola de terça a domingo, das 11h às 20h, e vai até 15 de setembro. Programão para crianças e adultos. Mais informações no site do instituto.
Boa notícia: a entrada é franca.
A seguir, um aperitivo, com fotos de 1911 a 1913.