Blog do Mario Magalhaes

754 pagantes: sai a carruagem, volta a abóbora

Mário Magalhães

Nem mil pagantes viram Rafael Marques comemorar seu gol ontem – Foto Agif

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O Botafogo tinha Seedorf, que já brilhou em Copa do Mundo, pela Holanda.

Jefferson, do elenco do Brasil na Copa das Confederações.

Lodeiro, que chegou a entrar em campo pelo Uruguai no torneio recém-encerrado.

O garoto Dória, que defendeu seleção de base e foi convocado para a principal.

No segundo tempo, entrou Renato, que já vestiu a amarelinha.

Sob o comando de Oswaldo de Oliveira, um dos nossos melhores técnicos, o alvinegro arrebenta em 2013. Passeou na conquista do Campeonato do Rio, está entre os líderes do Brasileiro e caminha bem na Copa do Brasil.

Nesta competição, venceu ontem o Figueirense por 1 a 0, acertou duas bolas no travessão, mas poderia ter sofrido um revés, se o visitante não desperdiçasse tantas oportunidades.

Com tamanhas atrações, apenas 754 torcedores pagaram ingresso para assistir à partida em Volta Redonda.

O clube carioca mandou o jogo lá porque o Engenhão e, inacreditável, o Maracanã continuam interditados.

Mas nem o inconveniente de jogar longe do Rio, provocado por barbaridades da gestão pública, justifica tão pouca gente.

A carruagem da Copa das Confederações, com estádios lotados, ficou para trás.

Voltamos a encarar a realidade, das abóboras como a de ontem.

Como fazer futebol profissional com meras 754 almas pagando para ver?

Depois não sabem por que o Botafogo não honra o pagamento em dia dos seus funcionários, incluindo os jogadores.