Mesmo se levar um chocolate na final, seleção sairá da Copa das Confederações mais forte do que entrou
Mário Magalhães
( Para seguir o blog no Twitter: @mariomagalhaes_ )
A seleção pode tanto dar quanto levar um chocolate na final do domingo, mas o balanço essencial da equipe na Copa das Confederações já está claro: sai mais forte do que entrou.
Para quem não conseguia superar adversários parrudos, o progresso foi expressivo. Bateu a Itália (jogando melhor, mas se beneficiando da arbitragem camarada) e o Uruguai (com atuação mediana e uma garra contagiante). Se não voltou a meter medo, como em outros tempos, já se faz respeitar novamente.
A principal conquista é coletiva, com um time com cara de time, montado por dois técnicos talentosos, Felipão e Parreira, goste-se ou não do estilo deles.
Há também brilhos individuais. Com a camisa nacional, Neymar passou a desequilibrar. Paulinho confirma que é capaz de render pelo Brasil o que rendia no Corinthians. Júlio César, magnífico goleiro, bode expiatório pelo fracasso em 2010, pegou pênalti.
Como contraponto, David Luiz reforça dúvidas sobre quem deve acompanhar Thiago Silva. Oscar, que começou muito bem, foi sumindo.
Se o Brasil conquistar a Copa das Confederações, começará um oba-oba para 2014. Erro, pois falta muito para estar à altura de triunfar no Mundial.
Se perder, vão pulular os comentários de que o time não vale nada, outro equívoco.
A seleção já era um dos quatro favoritos para a Copa do Mundo, ao lado de Espanha, Alemanha e Argentina. Consolidou essa condição.
Vou torcer hoje por Iniesta e companheiros por dois motivos: estético, pois jogam o futebol mais encantador do planeta; e para ver como nos saímos contra eles.
Por mais que valha um caneco, contudo, a batalha dominical contra italianos ou espanhóis será um grande ensaio para os grandes confrontos do ano que vem. Falta um ano para a guerra.