Em vídeo, Lindbergh bajula Cabral e Pezão, ‘que vai ser governador’. Será que eles não se constrangem?
Mário Magalhães
( Para seguir o blog no Twitter: @mariomagalhaes_ )
Sei que o vídeo está no ar há três meses, mas só tomei conhecimento dele agora. As imagens são tão constrangedoras quanto educativas. Mereciam mais do que as duas mil e poucas visualizações acumuladas.
No que parece ser um ato da campanha eleitoral de 2010, o atual senador Lindbergh Farias (PT) bajula em palanque o governador Sérgio Cabral e seu vice, Luiz Fernando Pezão, ambos do PMDB.
À época, estavam todos juntos. Hoje, disparam contra os velhos aliados. Aspirações legítimas, Lindbergh e Pezão querem suceder a Cabral. Há alguns anos, o papo era outro.
No comício, Lindbergh acarinha o governador: “Quero colocar meu nome na lista do seu time”.
E prevê Pezão com o cafezinho mais quente do Palácio Guanabara: “Política tem fila… Viu, Pezão!?!”. Ou seja, o vice estaria à frente de Lindbergh.
O petista enche a bola do político que calça sapatos 48: “Essa grande liderança que vai ser governador do Estado do Rio de Janeiro. É meu amigo fraterno, que eu adoro e sei que todos os prefeitos adoram”.
Volta a adular Cabral, exaltando “o carisma do governador, a capacidade do governador”.
Só não estou careca de saber como são tantos políticos porque o que não me falta é cabelo _branco, mas farto.
O que pergunto é se o pessoal, ao se rever em vídeos assim, não fica constrangido. Desconfio que não, pois acreditar em palavrório de palanque é coisa de ingênuos.