Galeão definha e causa transtornos aos passageiros
Mário Magalhães
( Para seguir o blog no Twitter: mariomagalhaes_ )
Às vésperas da Copa das Confederações, que começa no dia 15 de junho em Brasília e trará milhares de visitantes ao Rio, o Galeão definha e provoca transtornos aos passageiros. Não é à toa que em recente pesquisa da Secretaria de Aviação Civil, consultando usuários de 15 aeroportos brasileiros, o Galeão só recebeu avaliação melhor do que o congênere de Cuiabá.
Quem desembarcou no terminal 1 no sábado, por volta das 9h, encontrou fechada a primeira porta de saída para a área externa. Teve de perguntar para funcionários de uma empresa privada por onde sair, em busca da fila do táxi especial, pois inexistia placa com indicação.
Com obras no setor de desembarque, centenas de pessoas esperavam pelos recém-chegados em uma área bem menor do que a habitual.
Pelo menos três escadas rolantes estavam paradas, um problema que se tornou habitual. Por isso, era comprida e demorada a fila dos elevadores.
Operários trabalhavam dentro do aeroporto, em obras que talvez já pudessem ter sido feitas. Um deles fazia reparo ao pé de uma escada rolante. Mesmo se ela estivesse em condições de funcionar, não poderia, por motivos de segurança.
Do lado de fora, peões trabalhavam em obras que ocupavam parte da via que leva os veículos embora do aeroporto.
Em julho, o Rio sediará a Jornada Mundial da Juventude, evento para o qual são esperadas centenas de milhares de católicos de fora da cidade.
O noticiário recente indica que depois da manutenção indigente, o governo decidiu praticamente abandonar o Galeão, enquanto não privatiza o aeroporto.
Moral da história: pior do que está pode ficar.
Em tempo: como se sabe, o Galeão leva o nome do gênio Tom Jobim. Mas o maestro soberano não merece ser associado à bagunça lá instaurada.