Blog do Mario Magalhaes

Cerebral, Flu foi melhor do que sugere o 0 a 0; se mantiver aplicação, terá boas chances de ir à semifinal

Mário Magalhães

Aos 4 minutos, Silva defende chute de Leandro Euzébio à queima-roupa – Foto de Ricardo Moraes/Reuters

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Leandro Euzébio quase marcou, bem como Jean, Rhayner e Sóbis.

Longe deles, na área do Fluminense, o goleiro Cavalieri não fez uma só defesa merecedora de registro.

Seu time jogou muito mais do que o Olimpia na primeira partida entre as duas equipes pelas quartas-de-final da Libertadores, em São Januário.

O empate sem gols é enganador do que foi o jogo.

A retranca paraguaia foi efetiva, a considerar o fato de que o goleiro Silva não foi vazado. Mas poderia ter sido, porque apesar do ferrolho oponente o Fluminense criou oportunidades numerosas, isso que a bola nunca chegou redonda para uma só conclusão de Fred.

A pregação de Abel sobre a importância de não levar gol em casa poderia indicar seu time excessivamente postado na defesa. Não foi o que se viu, com o Flu buscando sempre o ataque. Mas a determinação tática foi impressionante, impedindo o visitante de finalizar com perigo.

A equipe foi cerebral, aplicando o plano do técnico, mas não ficou atrás. O resultado é que vitória simples ou qualquer empate com gols em Assunção, na semana que vem, levará o Fluminense à semifinal (em caso de igualdade em pontos e saldo de gols, triunfa quem marca mais gols fora). Só não pode perder. Novo 0 a 0 provoca decisão em pênaltis.

Como o Olimpia certamente sairá mais para o ataque, jogadores rápidos como Wellington Nem e Rhayner terão mais espaços para jogar e, sobretudo, contra-atacar.

No fim da partida de ontem, os jogadores do Olimpia se abraçaram, e os do Flu saíram frustrados. Não deveriam, pois chegam fortes para o confronto de volta. Não será fácil, como sabe quem já esteve no caldeirão do Defensores del Chaco, mas as chances são boas.