Mão grande sobre a Marina da Glória
Mário Magalhães
( Para seguir o blog no Twitter: @mariomagalhaes_ )
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional decide na primeira semana de junho se preservará as características originais do aterro do Flamengo e da Marina da Glória ou se vai ceder ao projeto do empresário Eike Batista, que pretende erguer um centro de convenções no lugar.
O colunista Elio Gaspari tratou do tema no domingo, no texto intitulado “Eike busca mais uma vitória”. Um trecho:
“No dia 4 de junho, reúne-se em Brasília a Câmara Técnica do Iphan que julgará a conveniência da construção, no parque, de um auditório de 900 lugares, com 50 lojas e 600 vagas para automóveis. No dia seguinte o Conselho Consultivo da instituição dará a última palavra a respeito do assunto. Trata-se de autorizar uma edificação numa área tombada pelo próprio Iphan, onde não podem ser acrescentados equipamentos urbanos estranhos ao projeto original do arquiteto Affonso Reidy. Nele não há centro de convenções”.
Se vingar o plano de Eike Batista, o aterro ganhará outro trambolho, depois da casa de shows edificada diante do Museu de Arte Moderna, um atentado visual contra o MAM, também obra de Affonso Reidy.
Gaspari contribuiu para a transparência do processo no Iphan, dando nomes e sobrenomes de quem baterá o martelo. Sua coluna pode ser lida na íntegra aqui.