Blog do Mario Magalhaes

Arquivo : maio 2013

Ato no Maracanã pedirá ‘fora, Marin’
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Mário Magalhães

José Maria Marin, presidente da CBF – Foto Flávio Florido/UOL

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O movimento Frente Nacional dos Torcedores convocou uma passeata para domingo, horas antes da abertura oficial do novo Maracanã. A reivindicação central é a saída do presidente da Confederação Brasileira de Futebol, José Maria Marin.

O amistoso entre Brasil e Inglaterra começará às 16h. Às 13h, os manifestantes vão se concentrar na praça Saenz Penã, no bairro da Tijuca. De lá, caminharão até o estádio, onde haverá um ato em frente à estátua do Bellini.

Eis a íntegra da convocatória do ato:

“A Frente Nacional dos Torcedores (FNT) realizará mais um ato da campanha “Fora Marin! Regulamentação desportiva já!”, no próximo domingo (02 de junho) às 13h. A manifestação começará na Praça Saenz Peña (Tijuca).

Até o dia 30 de junho, acontecerão protestos em todo o Brasil pela queda do atual presidente da CBF, José Maria Marin, e pela aprovação da PEC da regulamentação desportiva (PEC 202/2012). A onda de protestos iniciou em Porto Alegre semana passada, e nesse final de semana passará por Curitiba (sábado) e pelo Rio de Janeiro (domingo).

A FNT entende que, além da incapacidade administrativa e ilegitimidade representativa, o histórico de apoio à ditadura militar, especialmente as relações com o delegado Sergio Fleury e com o caso Vladimir Herzog, acabam por tornar Marin uma pessoa completamente inapta a ocupar o cargo máximo do futebol brasileiro. Vale lembrar, ainda, do vergonhoso episódio da final da Copa São Paulo de Futebol Júnior em 2012, quando imagens mostraram o atual presidente da CBF pegando uma medalha que deveria ter sido entregue para um jogador da equipe campeã.

Portanto, a Frente Nacional dos Torcedores, que tanto lutou pela queda do antigo mandatário da entidade máxima do futebol brasileiro, Ricardo Teixeira, não descansará enquanto um apoiador das práticas de tortura e de um regime cerceador de diversos direitos fundamentais for o indivíduo responsável pelo futebol brasileiro e pela condução da Copa do Mundo 2014.

No Rio de Janeiro, a campanha “Fora Marin!” está dialogando diretamente com a vontade dos torcedores cariocas de impedir que o Maracanã seja elitizado e teatralizado. Afinal, o Maraca é pra quem? Da mesma maneira, os torcedores cariocas estão dando um aviso ao presidente da FERJ: O Maraca é pra quem? FORA MARIN! Se liga, Rubens Lopes!

Fundada em 13 de dezembro de 2010, a Frente Nacional dos Torcedores, que ficou conhecida nacionalmente na campanha “Fora Teixeira!”, luta por um futebol justo, democrático e popular”.

 


Obrigação do Maracanã: anunciar no alto-falante a presença de Marin
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Mário Magalhães

Vladimir Herzog, em cena forjada pelos assassinos que o mataram na tortura em 1975

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A tecnologia de ponta do novo Maracanã com certeza inclui o sistema de som. Muito melhor do que aquele, ainda longe do high tech contemporâneo, do qual no passado soavam os bordões “A Suderj informa” e, quando eu era criança, “A Adeg informa”.

Evidentemente, essa maravilha sonora anunciará neste domingo a presença do presidente da Confederação Brasileira de Futebol e do Comitê Organizador Local da Copa, o eminente senhor José Maria Marin. Ele será uma figura ilustre nas tribunas, para assistir ao amistoso Brasil x Inglaterra.

Reconhecimento merecido, afinal foi a CBF que capitaneou a campanha nacional para sediar o Mundial. Ricardo Teixeira ainda era o cabeça da entidade, contudo Marin é seu legítimo sucessor.

Claro que nenhum medo de apupos gerará censura do cerimonial do governo do Estado do Rio de Janeiro. Em 2007, a despeito de se saber desde o ensaio da véspera que Lula seria mal recebido no Maracanã, o nome do então presidente foi pronunciado pelo locutor, antes das vaias consagradoras na abertura dos Jogos Pan-Americanos.

O governador Sérgio Cabral estará no estádio, lado a lado com Marin. Ironia da história: o ainda jovem Serginho militou no Partido Comunista Brasileiro. Em 1975, o jornalista Vladimir Herzog foi preso e assassinado na tortura devido aos seus vínculos com a mesma agremiação, o PCB.

Pouco mais de duas semanas antes, o à época deputado estadual Marin atacou em discurso na Assembleia a “comunização” do jornalismo da TV Cultura paulista. Quem dirigia o jornalismo da Cultura era Herzog. Marin integrava a Arena, partido da ditadura instaurada em 1964.

João Saldanha, outro antigo camarada de Herzog e Cabral, costumava dizer que a prova dos nove da popularidade de alguém era ter o nome proferido no microfone do Maracanã.

Com Marin, não está em questão popularidade. Apenas a observação do protocolo. Eventual silêncio sobre sua presença significaria submeter o estádio, patrimônio público, aos interesses privados de um cartola que talvez prefira passar despercebido em meio à multidão.


Flu entra com coragem, é garfado, pena com próprios erros, luta e cai
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Mário Magalhães

Salgueiro converte pênalti inexistente, inventado pelo árbitro – Foto Jorge Adorno/Reuters

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A derrota do Fluminense para o Olimpia e a eliminação da Libertadores, no mítico estádio Defensores Del Chaco, bem merecia a narrativa épica de Nelson Rodrigues. Como dispenso a petulância, não me arriscarei a escrevinhar um pastiche das crônicas do velho escriba tricolor. Mas tenho certeza de que nesse instante cairia bem uma de suas tiradas antológicas: “Muitas vezes é a falta de caráter que decide uma partida. Não se faz literatura, política e futebol com bons sentimentos”.

Antes de a falta de caráter se impor, espantei-me com a cena prosaica, de Rhayner de luvas. A temperatura em Assunção, informou a Globo, era de 19 graus, mais ou menos a mesma do Rio àquela hora. Quase 20 graus no termômetro, dentro de um caldeirão futebolístico, e o cara calça luvas. Vai entender…

Pois foi ele, que não tem lá muita intimidade com o ofício de balançar a rede, que aproveitou um vacilo do zagueiro Manzur para abrir o placar aos 9 minutos. Como o jogo de ida terminara 0 a 0, a equipe brasileira só perderia a vaga para a semifinal com uma virada do Olimpia.

Foi alucinante o início do Fluminense, que não levou sufoco e tomou conta do confronto. Aos 24 minutos, acumulava 62% de posse de bola. E ainda encaixava contra-ataques, como aos 18 minutos, numa arrancada de Rhayner pela direita que quase termina em gol. Aplicação tática, altivez e uma coragem assombrosa, assim o time de Abel encarava a fornalha do Defensores.

Até que o moço das luvas fez besteira, cometendo uma falta pueril na direita defensiva do Fluminense. Aos 35 minutos, Salgueiro cobrou, e o goleiro de seleção Diego Cavallieri fez besteira maior ainda, deixando-se encobrir. O 1 a 1 assegurava a sobrevivência dos visitantes.

Aos 28 minutos, ocorrera o primeiro ato da tragédia assentada sobre a falta de caráter evocada pela pena rodriguiana. Dentro de sua área, Pérez abriu um braço como a asa de um planador, impedindo a bola cruzada pelo Flu de chegar ao seu destino. Pênalti evidente, ao qual o árbitro uruguaio Daniel Fedorczuk deu de ombros. Na mesma noite, uma penalidade muito menos clara foi justamente assinalada contra o Flamengo, no vexame diante da Ponte Preta.

O segundo ato veio aos 38 minutos, com a marcação de um pênalti inexistente de Digão sobre Bareiro. O zagueiro, lento como seu parceiro Leandro Euzébio, só atropelou o adversário quando este já estava caindo, de propósito, jogando-se no gramado. A mão de Digão nas costas do oponente que freou acintosamente não tinha força para derrubá-lo. Uma encenação abençoada pela arbitragem. Com o pênalti convertido por Salgueiro, o Olimpia sacramentou a ida às semis, com 2 a 1.

O Fluminense lutou no segundo tempo, quando assistiu a novas barbaridades. Ferreyra acertou um pontapé criminoso em Wagner, mas escapou da expulsão.

Wellington Nem, em noite infeliz, recebeu com perigo no ataque, em posição legal, e o bandeirinha “viu” impedimento.

Samuel, que entrara havia pouco, foi derrubado na área por um rival que mal tocou na bola, porém Daniel Fedorczuk voltou a deixar para lá _portanto, foram ignorados dois pênaltis para o Flu e inventado um contra.

As falhas clamorosas do Fluminense na noite paraguaia não podem ofuscar o, perdão, Nelson, óbvio ululante: sem as decisões arbitrais erradas, Fred e seus companheiros não teriam se despedido do sonho do título continental inédito para o clube.

Assim como o Corinthians, o Fluminense foi garfado. Coincidência? Não tenho informações para responder sem correr o risco de ser leviano.

O tricolor foi bem superior nos dois jogos, mas exibiu incompetência nas conclusões. Ontem, como na semana passada em São Januário, a bola quase não chegou a Fred. Em ótima forma, como demonstrara no domingo, Rafael Sóbis deveria ter jogado desde o início ou entrado mais cedo. Jean cobrou muito mal as faltas, e Bruno foi nulo. Apesar das falhas individuais, o Flu teria prosseguido, não fosse o árbitro.

A equipe lutou tanto que Abel balbuciou mais tarde: “Tá uma dor irreparável”.  O técnico foi tão comovente que aqui em casa uma menina de 12 anos, que torcera pelo Olimpia, emocionou-se com o lamento.

Se tem alguém que não merecia essa derrota, esse alguém é Abel, mais uma vítima da falta de caráter.

 


Em vídeo, Lindbergh bajula Cabral e Pezão, ‘que vai ser governador’. Será que eles não se constrangem?
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Mário Magalhães

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Sei que o vídeo está no ar há três meses, mas só tomei conhecimento dele agora. As imagens são tão constrangedoras quanto educativas. Mereciam mais do que as duas mil e poucas visualizações acumuladas.
No que parece ser um ato da campanha eleitoral de 2010, o atual senador Lindbergh Farias (PT) bajula em palanque o governador Sérgio Cabral e seu vice, Luiz Fernando Pezão, ambos do PMDB.
À época, estavam todos juntos. Hoje, disparam contra os velhos aliados. Aspirações legítimas, Lindbergh e Pezão querem suceder a Cabral. Há alguns anos, o papo era outro.
No comício, Lindbergh acarinha o governador: “Quero colocar meu nome na lista do seu time”.
E prevê Pezão com o cafezinho mais quente do Palácio Guanabara: “Política tem fila… Viu, Pezão!?!”. Ou seja, o vice estaria à frente de Lindbergh.
O petista enche a bola do político que calça sapatos 48: “Essa grande liderança que vai ser governador do Estado do Rio de Janeiro. É meu amigo fraterno, que eu adoro e sei que todos os prefeitos adoram”.
Volta a adular Cabral, exaltando “o carisma do governador, a capacidade do governador”.
Só não estou careca de saber como são tantos políticos porque o que não me falta é cabelo _branco, mas farto.
O que pergunto é se o pessoal, ao se rever em vídeos assim, não fica constrangido. Desconfio que não, pois acreditar em palavrório de palanque é coisa de ingênuos.


Flu no alçapão paraguaio
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Mário Magalhães

 

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Com toda a carga de mais de 30 mil ingressos vendida, o Defensores Del Chaco estará lotado hoje à noite para apoiar o Olimpia contra o Fluminense.

Na disputa derradeira do mata-mata entre as duas equipes pelas quartas-de-final da Libertadores, novo empate sem gols leva a decisão para os pênatis. Qualquer empate com gols classifica o time brasileiro para a semifinal. Se alguém ganhar no tempo regulamentar, leva.

Só estive no estádio de Assunção uma vez, em 1993, cobrindo a passagem do São Paulo para a finalíssima da Libertadores que o timaço de Telê Santana conquistaria naquele ano. A igualdade em 0 a 0 no Defensores Del Chaco, contra o Cerro Porteño, bastou. No gramado, foi tudo mais ou menos tranquilo, palavra que naquela época exigia trema.

Fora, a barra pesou, como se pode ler nesta reportagem que eu escrevi (é preciso ir até a página Especial-3).

No mano a mano, o Fluminense é mais time do que o Olimpia. Tomara que a turma do Abel resista à fornalha do caldeirão.


Grande notícia: está de volta ‘Anos rebeldes’, a melhor minissérie da TV brasileira
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Mário Magalhães

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Alvíssaras, que a novidade merece! O canal pago Viva começou ontem a passar a reprise de “Anos rebeldes”, a melhor minissérie já produzida no Brasil. O programa vai ao ar de segunda a sexta, das 23h10 à meia-noite. Quem viu sabe do que falo. Para quem não viu, seguem alguns toques.

Exibida em 1992, “Anos rebeldes” foi das raríssimas obras televisivas que, ao evocar o passado, as décadas de 1960 e 70, influenciou o presente. Estimulados pelo exemplo dos militantes de antanho, multidões de jovens saíram às ruas no princípio dos anos 1990 reivindicando o impeachment de Fernando Collor de Mello. O presidente logo foi afastado constitucionalmente do cargo.

A Globo chegou a lançar uma caixa com três DVDs, condensando a minissérie em 11 horas e 20 minutos. Agora, o Viva a mostra na íntegra _até o início do primeiro capítulo é diferente do da versão editada, constatou-se ontem.

Todo fim de noite, ecoará a mais sensacional trilha sonora de uma minissérie, uma tremenda seleção das antigas. A começar pela música de abertura, “Alegria, alegria”, de Caetano Veloso _assista clicando na imagem acima. (Até onde a memória alcança, a trilha de telenovela de que mais gostei foi a de “Gabriela”, em 1975.) Será que exagero? Então ouça aqui o som que toca em “Anos rebeldes”. Não diga que não alertei: vicia.

O autor do roteiro é Gilberto Braga, o legítimo sucessor de Janete Clair, e isso é um elogio tão justo quanto descomunal. Ele escreveu a minissérie com Sérgio Marques. O diretor geral, Denis Carvalho, dividiu o trabalho com Ivan Zettel e, grife que exala talento, Silvio Tendler.

Cláudia Abreu ofereceu sua mais notável interpretação e viveu um dos mais comoventes personagens da televisão nacional em todos os tempos: Heloísa, a garota rica e fútil que descobre o mundo real e se torna guerrilheira.

Ivan Cândido, como o comerciante lacerdista (fã de Carlos Lacerda, o governador da golpista da Guanabara em 1964) e Geraldo Del Rey (1930-93), como um jornalista comunista, marcaram para sempre a dramaturgia televisiva.

A nova exibição permite o reencontro com grandes atores que já partiram, como Francisco Milani (1936-2005), Georgia Gomide (1937-2011), Castro Gonzaga (1918-2007) e Lourdes Mayer (1922-98).

E retrocede até o alvorecer de artistas como Marcelo Serrado, muito antes de arrebentar no teatro, como em “No retrovisor”, e na TV, transformado no mordomo Crô.

Uma curiosidade: o papel de Carlos Zara (1930-2002) reencarna o editor Ênio Silveira (1925-96), da Civilização Brasileira.

Outra: Gianfrancesco Guarnieri (1934-2006) dá vida a um médico inspirado no jornalista Joaquim Câmara Ferreira, assassinado na tortura em 1970.

Um alerta: ao contrário do que se especulou na época, o guerrilheiro vivido por Cássio Gabus Mendes não tem o DNA de José Dirceu de Oliveira e Silva, mas de várias pessoas. Se atuou em ações armadas contra a ditadura (1964-85), o futuro ministro José Dirceu teve ação discreta. O João Alfredo de Cássio participa de um sequestro político de diplomata estrangeiro, enquanto o Dirceu de carne e osso foi solto na captura do embaixador dos Estados Unidos, em 1969. Durante o sequestro de “Anos rebeldes”, o comportamento de João Alfredo se assemelha ao do guerrilheiro Carlos Lamarca _morto em 1971_ em episódio semelhante.

Último toque: minimize os exageros de Cássio Gabus Mendes nos primeiros capítulos. Ele tinha 31 anos, em 1992, e seu personagem ainda era um estudante do ensino médio. Era um desafio complicado. Cássio cresce pouco a pouco, proporcionando momentos soberbos de ator.

Se não bastasse o brilhantismo artístico, “Anos rebeldes” regressa em tempos de Comissão da Verdade.

Eita minissérie bem-vinda!


Militares convocam ato de ‘resistência’ em Brasília por aumento salarial e contra ‘governo revanchista’ e ‘comissão de meias verdades’
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Mário Magalhães

Post da manhã desta terça-feira na página da Associação Nacional dos Militares do Brasil, no Facebook

 

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Entidades que agrupam militares das Forças Armadas, parentes seus e membros das Polícias Militares estaduais convocaram para 11 de junho um ato público de “resistência” em Brasília.

A “Vigília da Família Militar”, como se denomina a manifestação, reivindicará aumento salarial e atacará o governo de Dilma Rousseff, acusando-o de “revanchista”. Na convocação, a Comissão Nacional da Verdade, instituída pela presidente para apurar violações dos direitos humanos de 1946 a 88, é qualificada de “comissão de meias verdades”.

Os signatários do manifesto foram os presidentes da Associação Nacional dos Militares do Brasil, Marcelo Machado, e da União Nacional das Esposas dos Militares das Forças Armadas, Ivone Luzardo.

Bandeiras de partidos políticos serão vetadas no protesto, mas Machado e Luzardo mantêm militância político-partidária.

Na página de sua associação no Facebook, ele assina também como presidente do Diretório Municipal da Arena, Aliança Renovadora Nacional, no Rio de Janeiro. Essa foi a sigla que representou por mais tempo os partidários da ditadura instaurada em 1964 e encerrada em 1985. Militantes saudosos da ditadura tentam hoje reorganizar a Arena.

Outra agremiação que colhe assinaturas para poder concorrer nas eleições do ano que vem é o PMB, Partido Militar Brasileiro, cujo site incluiu Ivone Luzardo como integrante do Diretório Nacional.

Na manhã desta terça-feira, Marcelo Machado afirmou no Facebook que a página da associação está sofrendo ataques que provocam o desaparecimento de manifestos (reprodução acima).

Os manifestantes também vão defender a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição 300, que prevê piso salarial único para os policiais militares.

Eis a íntegra da convocação para o ato:

Diante da falta de diálogo por parte deste governo revanchista que, notoriamente, tenta desmoralizar as forças de segurança regulares (Forças Armadas e Forças Estaduais) com comissão de meias verdades, sucateamento bélico e o ‘terrorismo salarial’, faz-se necessária uma resistência, ainda que ordeira e pacífica, já que dias sombrios rondam nossas famílias e a todos os brasileiros. Sendo assim, a UNEMFA e a ANMB convidam a todos que têm amor à Pátria, à Família, a Deus e à preservação da liberdade, a estar presentes na Vigília da Família Militar dia 11 de junho de 2013 (Dia da Batalha Naval do Riachuelo), em Brasília – DF, com concentração às 09:00h na Praça dos Três Poderes, onde lutaremos pelos nossos 28,86%, demais perdas e a PEC-300 dos Militares Estaduais! Essa Vigília não é um ato exclusivo de militares e sim de TODOS os brasileiros: Militares Federais, Estaduais, Ativos e Inativos, parentes, amigos e simpatizantes.

O dia 11 de junho foi escolhido por ser o dia em que se comemora a Batalha do Riachuelo, ocorrida no rio Riachuelo em 1865, um dos afluentes do rio Paraná. A batalha é um dos episódios da Guerra do Paraguai, o mais mortífero e violento conflito entre países do continente sul-americano.

Solicitamos a todos os participantes que levem água potável, cobertura (boné sem conotação política partidária), protetor solar. Os militares devem usar suas camisetas de serviço e os civis que queiram fazer parte desta batalha, camisas brancas. Lembramos que será expressamente PROIBIDO bandeiras de partidos políticos e sindicatos.

Nosso muito obrigado! Juntos somos fortes!

Ivone Luzardo – Presidente da União Nacional das Esposas dos Militares das Forças Armadas –UNEMFA

Marcelo Machado – Presidente da Associação Nacional dos Militares do Brasil – ANMB


Outono no Rio
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Mário Magalhães

Vista da lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio, sábado passado

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A noite se insinuava no sábado, quando eu embatuquei: que canção estaria à altura do cenário encantador da lagoa Rodrigo de Freitas? Só me dei conta hoje. Quem quiser ouvir Ed Motta, basta clicar aqui, na Rádio UOL (é a 24ª música).

Como ele canta:

“Há um lugar para ser feliz
Além de abril em Paris
Outono, outono no Rio”.

P.S.: como lembrou o pesquisador musical Sergio Machado Torres, fã de Ed Motta, o autor da letra é o grande Ronaldo Bastos _o sobrinho do Tim compôs a melodia.


Há 50 anos, ‘O Leopardo’ conquistava a Palma de Ouro em Cannes
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Mário Magalhães

Capa do “Caderno B” do “Jornal do Brasil”, em 24 de maio de 1963; destaque feito pelo blog

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O filme “La Vie d’Adèle” (“A vida de Adèle”), do diretor Abdellatif Kechiche, foi anunciado ontem como o vencedor da Palma de Ouro no festival de cinema de Cannes, como se lê aqui. Verei.

Há meio século, também num fim de maio, o de 1963, triunfava em Cannes uma obra-prima que viria a se tornar um clássico, ou já nasceu com esse estatuto: “O Leopardo”, de Luchino Visconti. A cobertura de Luis Edgard de Andrade, enviado especial do “Jornal do Brasil”, pode ser relembrada neste fac-símile (depois da página 12 do primeiro caderno).

Poucas vezes Claudia Cardinale, uma das atrizes mais deslumbrantes de todos os tempos, esteve tão linda como em “O Leopardo”.


Galeão definha e causa transtornos aos passageiros
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Mário Magalhães

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Às vésperas da Copa das Confederações, que começa no dia 15 de junho em Brasília e trará milhares de visitantes ao Rio, o Galeão definha e provoca transtornos aos passageiros. Não é à toa que em recente pesquisa da Secretaria de Aviação Civil, consultando usuários de 15 aeroportos brasileiros, o Galeão só recebeu avaliação melhor do que o congênere de Cuiabá.

Quem desembarcou no terminal 1 no sábado, por volta das 9h, encontrou fechada a primeira porta de saída para a área externa. Teve de perguntar para funcionários de uma empresa privada por onde sair, em busca da fila do táxi especial, pois inexistia placa com indicação.

Com obras no setor de desembarque, centenas de pessoas esperavam pelos recém-chegados em uma área bem menor do que a habitual.

Pelo menos três escadas rolantes estavam paradas, um problema que se tornou habitual. Por isso, era comprida e demorada a fila dos elevadores.

Operários trabalhavam dentro do aeroporto, em obras que talvez já pudessem ter sido feitas. Um deles fazia reparo ao pé de uma escada rolante. Mesmo se ela estivesse em condições de funcionar, não poderia, por motivos de segurança.

Do lado de fora, peões trabalhavam em obras que ocupavam parte da via que leva os veículos embora do aeroporto.

Em julho, o Rio sediará a Jornada Mundial da Juventude, evento para o qual são esperadas centenas de milhares de católicos de fora da cidade.

O noticiário recente indica que depois da manutenção indigente, o governo decidiu praticamente abandonar o Galeão, enquanto não privatiza o aeroporto.

Moral da história: pior do que está pode ficar.

Em tempo: como se sabe, o Galeão leva o nome do gênio Tom Jobim. Mas o maestro soberano não merece ser associado à bagunça lá instaurada.

No terminal 1 do Galeão, uma escada rolante parada

À direita, mais uma escada rolante sem funcionar

Operário trabalha no terminal 1 do Galeão

Saída fechada em área de desembarque de passageiros

Acima e na imagem abaixo, obras na área externa do Galeão, na pista com sentido de quem vai embora do aeroporto